Após descoberta de ‘gato’, vistoria e regularização, conta de água do Calabouço está em dia

Com duração de mais de duas horas, a entrevista coletiva do presidente do Vasco, Pedrinho, na quinta-feira contou com temas que chamaram atenção dos torcedores. Um deles foi uma revelação feita pelo dirigente. Sem ser perguntado especificamente sobre o assunto, ele decidiu contar que, ao assumir o cargo, descobriu que havia ligações clandestinas de água e luz na sede vascaína no Calabouço, no Centro do Rio de Janeiro.

Para normalizar a situação, Pedrinho reconheceu uma dívida de R$ 150 mil. Mas como esse episódio se desenrolou?

Quando a atual diretoria assumiu o mandato, em janeiro de 2024, houve uma varredura do estado de todas as propriedades do Vasco. Na ocasião, um funcionário alertou sobre a existência do “gato” no Calabouço e contou que a denúncia já havia sido feita na gestão anterior ao então diretor da sede, Diego Vasquinho, mas à época não houve resolução.

— Um grupo de oposição bate que a gente aumentou o custo de água e luz do Calabouço. Você sabe por quê? Porque tinha gato. Aí vão ficar chateados que eu vou falar? Mas eu tenho que falar, pô. Aí eu vou lá, reconheço a dívida, falo que quero pagar e sou o errado? R$ 150 mil de água e luz, realmente aumentou. Porque eu quero pagar, isso não existe. Eu precisava fazer isso? Precisava, pô. Vocês sabiam que há 20 anos o Vasco não pagava IPTU? Eu precisava reconhecer a dívida. Precisava, pô. Porque o certo é pagar. R$ 2 milhões — afirmou Pedrinho na coletiva.

Em contato com o ge, Diego afirmou que só soube da situação quando já não exercia a função, que ele deixou em janeiro de 2024, com a troca de gestão no clube. De acordo com o ex-diretor, assim que tomou ciência da existência das ligações clandestinas, ele comunicou à nova diretoria da sede, comandada por Luiz Gustavo Jassus, o Mussinha.

Após a denúncia à atual gestão, o clube entrou em contato com a empresa Águas do Rio para normalizar a situação. Em março do ano passado, funcionários da companhia fizeram uma vistoria na sede para regularizar a situação. Na sequência, houve um acordo com o clube para quitar a dívida. A empresa não revela o valor devido por nenhum de seus clientes, mas confirmou em nota ao ge que realizou uma vistoria a pedido do próprio clube e que, atualmente, todos os valores estão em dia.

Confira a nota oficial

“A Águas do Rio informa que realizou uma vistoria e, posteriormente, a regularização do local, em 2024, após contato do próprio clube. Não há ação da concessionária em andamento no momento e a situação do cliente está equacionada.

A concessionária reconhece a postura transparente do clube ao admitir o erro e buscar a regularização. Atitudes assim ajudam a transformar o pagamento da conta em investimentos em saneamento, especialmente em áreas socialmente vulneráveis. Também evitam os impactos causados por ligações clandestinas, que reduzem a pressão da rede, causam danos na tubulação e afetam o abastecimento de quem paga corretamente.

A empresa reforça que clientes que suspeitarem de alguma irregularidade no imóvel podem entrar em contato através do 0800 195 0 195 (ligação gratuita ou WhatsApp), para realizar uma autodenúncia. Nesses casos, a Águas do Rio orienta e apoia a regularização, sem aplicação de multas”.

Fonte: ge