Em entrevista ao podcast Charla, Barbieri disse que teve pouco contato com Josh Wander, sócio-fundador da 777, que já não está mais à frente da gestão da empresa nos Estados Unidos. Mas insinuou que o empresário já não passava uma imagem de muita confiança naquela época, em meio às promessas feitas logo na chegada ao Vasco – entre elas se igualar, a nível técnico e financeiro, ao arquirrival Flamengo.
Porém, o ex-comandante cruz-maltino afirmou que nunca teve qualquer tipo de problema com Josh durante a sua passagem pela Colina.
“Pouquíssimas vezes (tive contato com o Josh). Ele foi uma ou duas vezes lá (no Vasco). Eu não tenho medo de falar, não, ele foi uma vez, foi outra… nunca tive problema. A verdade é que prometeram muita coisa e não aconteceu”, disse.
“Mas uma hora que eu fui lá, vi aquele cara lá de boné, terno e tênis, eu falei ‘irmão, esse cara é sete’ (risos). Não tinha muito contato com ele”, prosseguiu.
Em relação à forma como a empresa trabalhava na busca por reforços para o Vasco, Barbieri revelou alguns “vetos” da 777 à contratação de certos perfis de jogadores, optando por atletas mais jovens e com potencial de revenda.
“Tinha um diretor, que era um alemão (Johannes Spors), diretor de todos os clubes (da 777). Já tinha trabalhado como diretor esportivo de outros clubes, ele tinha expertise de entender os mercados, os elencos. Tinha uma cobrança muito forte da 777 por contratar jogadores jovens, com potencial de revenda. Muitas vezes a gente queria um jogador mais consolidado, e nessa primeira janela não queria, brecavam. Nessa primeira janela era impensável a vinda do Payet, é um cara que não teria revenda, o Vegetti… até agora poderia ter por tudo o que ele fez, mas de início contratar um atacante, um histórico tal, não tinha revenda”, revelou.
Barbieri foi anunciado como técnico do Vasco em dezembro de 2022, logo após o clube confirmar o acesso à Série A do Brasileirão, mas deixou o comando da equipe em junho do ano seguinte, em meio à briga contra o rebaixamento na elite, com apenas 9 pontos somados nas primeiras rodadas.
Já a 777, foi afastada do controle do futebol do Vasco no primeiro semestre de 2024, em ação movida pelo associativo do clube, que retomou o comando do Cruz-maltino desde então, com o presidente Pedrinho.
Fonte: ESPN